As baratas ganham o prêmio de serem os insetos mais repulsivos. Se você quer afastá-las do seu ambiente, saiba que elas e seus ovos são extremamente resistentes. Especialistas estimam que elas existem há mais de 350 milhões de anos, ou seja, é difícil acabar com elas.
Embora existam métodos de controle que consigam conter pequenas intrusões, as infestações pedem uma intervenção profissional. As baratas são habilidosas e conseguem passar por espaços muito apertados, correr em praticamente qualquer superfície (inclusive tetos) e até mesmo voar (a depender da espécie).
Elas gostam de lugares quentes e húmidos, mas são capazes de se adaptar facilmente. Algumas espécies conseguem viver sem água e comida por semanas.
Tenaz e resiliente, “la cucaracha” não é tão popular quanto sua canção. A maioria dos proprietários sabe dos riscos à saúde e segurança associados à presença dessa praga em suas edificações. Além de ser portadora de germes e bactérias, ela assusta e faz empresas perderem a reputação – até mesmo serem fechadas.
Existem mais de três mil espécies de baratas no mundo. Mas as mais comuns em áreas urbanas são: a barata de cozinha (blatella germânica) e a barata de esgoto (periplaneta americana).
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• Classe: Insecta
• Ordem: Blattodea
• Família: Blatterllidae
• Espécie: Blatella germanica
Com asas bem desenvolvidas, a barata de cozinha – também conhecida como baratinha, francesinha ou paulistinha – raramente voa, pois sua capacidade é limitada. Distribuída pelo mundo, ela é reconhecida por sua coloração acastanhada.
• Comprimento médio: entre 12 a 16 mm
• Cor: castanho-claro com duas faixas escuras horizontais no pronoto (parte anterior ao tórax, logo atrás da cabeça).
• Asas: totalmente desenvolvidas.
• Pernas: seis.
Conhecer a barata alemã é a chave para seu controle.
Mundialmente conhecidas, as baratinhas são o tipo mais comum de praga doméstica. Menores do que as outras espécies de baratas, elas acessam às edificações por meio de embalagens de papel, sacolas de mercado ou caixas e se escondem em rachaduras nos cantos de móveis e malas.
Têm preferência por ambientes fechados, úmidos e quentes. São especialmente encontradas em banheiros e cozinhas, mas podem ser vistas em outras áreas.
As asas da barata paulistinha servem somente para amortecer sua queda. Com as antenas, sentem o ambiente; com as pernas, correm e se movem rapidamente pelo perímetro.
Elas passam a maior parte do tempo escondidas e se reúnem onde há concentração de material fecal. O feromônio contido nas fezes serve como alimento para baratas mais jovens e atrai mais baratinhas, pois informa que o ambiente é um abrigo seguro – área de agregação.
Essas pragas se alimentam de qualquer coisa, inclusive sabonete e creme dental.
Conhecida por sua alta capacidade de reprodução, a barata alemã produz de 4 a 6 ootecas (cápsula de ovo) ao longo de sua existência – cada cápsula pode conter de 30 a 40 ovos.
A fêmea reproduz três dias após o acasalamento e transporta a ooteca até o momento da eclosão – que pode acontecer entre um ou dois dias. A cápsula fica localizada na região do abdome e é visível.
As baratas de cozinha vivem aproximadamente nove meses.
A barata alemã é capaz de danificar documentos e contaminar alimentos e utensílios domésticos. Além disso, sua presença está associada a inflamações e infecções intestinais – causadas por intoxicação alimentar –, assim como a alergias, como asma.
Sinais da barata alemã
Seus excrementos podem aparecer em diversos pontos da edificação, como gavetas, portas e recipientes domésticos. Suas cápsulas podem ser encontradas vazias nos pontos em que a ooteca foi colocada. Além disso, exalam um cheiro típico de locais úmidos e fechados (mofo).
• Classe: Insecta
• Ordem: Blattaria
• Família: Blattidae
• Espécie: Periplaneta americana
Uma das maiores espécies de barata é a de esgoto, também conhecida como barata americana, barata cascuda e barata voadora.
• Comprimento médio: entre 35 a 50 mm
• Cor: marrom avermelhado reluzente com marcações amareladas na região do pronoto.
• Asas: totalmente desenvolvidas. No macho é mais longa do que o corpo.
• Pernas: seis.
Ótimas voadoras, as baratas de esgoto assustam. Embora prefiram viver ao ar livre, podem ser encontradas em fornos de cozinha, porões e banheiros. Possuem preferência por locais úmidos, escuros e tranquilos.
Elas entram nas edificações principalmente pelo sistema de esgoto à procura de alimento e água. Embora gostem de comer qualquer coisa à sua disposição, inclusive as rações dos pets, elas preferem matéria orgânica em decomposição.
Quando em áreas abertas, se alimentam de fragmentos de madeira, insetos pequenos e algas.
Assim como as baratas alemãs, as baratas de esgoto se comunicam pelo feromônio para definirem a melhor área para sua habitação.
Uma fêmea reproduz cerca de seis a 14 ootecas – cada uma contém aproximadamente 16 ovos. Elas depositam esses ovos em um lugar seguro, com alta umidade e próximo a uma fonte de alimento.
A ooteca eclode em aproximadamente 45 dias e as ninfas se desenvolvem em cerca de cinco meses, podendo se prolongar até 15 meses.
Mesmo tendo acasalado apenas uma vez, as fêmeas são capazes de reproduzir ootecas com os espermatozoides salvos, sem necessidade de acasalar novamente.
Essas baratas vivem cerca de dois a três anos.
Elas contaminam absolutamente qualquer coisa que tenham contato, seja por terem passado ou mordido. Suas pernas estão cheias de germes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, elas portam organismos causadores de cólera, lepra, febre tifoide, dentre outras doenças.
Edifícios comerciais são o alvo fácil dessas aproveitadoras. Elas infestam áreas de armazenamento e preparação de alimentos e causam constrangimento aos proprietários do recinto e prejuízos devido a denúncias dos clientes.
É possível vê-las voando ou correndo por determinada área. Mas caso elas não sejam vistas, é possível perceber sua presença pelas fezes nos pontos onde estão escondidas e pelas cápsulas na cor marrom-escuro que são depositadas. Também é provável que o cheiro de mofo surja nos ambientes.
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