Presentes em todas as regiões do mundo (exceto na Antártida), os carrapatos são artrópodes que pertencem à classe dos aracnídeos – possuem quatro pares de pernas articuladas (fase adulta).
Ectoparasitas (parasitas externos), formam um número aproximado de 850 espécies. São hematófagos e nutrem-se do sangue de mamíferos (inclusive de humanos), repteis, aves e anfíbios. Eles grudam em qualquer parte do corpo de sua vítima.
Embora sejam associados principalmente a áreas rurais, essas pragas também se concentram em áreas urbanas. Por serem vetores de vírus, bactérias e outros agentes patogênicos, são de importância para a saúde pública e merecem a atenção de pessoas que entram em contato com animais e trabalhadores rurais.
As principais doenças transmitidas por carrapatos – tanto em humanos, quanto em animais – são: Anaplasmose, doenças de Lyme, febre maculosa, erliquiose e babesiose.
Existem uma diversidade de espécies, mas de modo geral são divididos em dois grandes grupos: carrapatos duros (Ixodidae) e carrapatos moles (Argasidae).
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Com cerca de 14 gêneros e mais de 700 espécies, a família Ixodidae é a mais numerosa de carrapatos. O nome carrapato duro se dá pelo escudo rígido (queratinizado) que o aracnídeo possui. Seu ciclo evolutivo é classificado da seguinte forma:
Seu ciclo de vida envolve quatro etapas: ovo, larva (quando o carrapato emerge do ovo, possui três pares de pernas – hexápoda), ninfa (quando o carrapato muda para essa fase, adquire oito patas) e adulta – pode ser um estágio terminal para as fêmeas que ingurgitadas se desprendem do hospedeiro, colocam milhares de ovos e morrem; os machos ficam no hospedeiro e acasala-se com várias fêmeas.
Com exceção do ovo, todas as outras etapas precisam de um hospedeiro para seu desenvolvimento.
As mudanças dos estágios de um carrapato podem ocorrer em um hospedeiro (carrapatos monóxenos) ou em dois/três hospedeiros (carrapatos heteróxenos), a depender da espécie. Carrapatos heteróxenos podem parasitar em espécies diferentes em cada fase ou retornar para o mesmo hospedeiro.
O ciclo de vida completo ocorre em menos de um ano ou em mais de três anos conforme as condições ambientais.
Esses carrapatos se alimentam por vários dias ou mesmo semanas, mas dependendo da espécie podem levar um longo período sem alimento.
Podem gerar diversos problemas à vítima como lesões na pele, anemia grave, alergias e outros.
Os principais grupos são: carrapato marrom ou carrapato vermelho do cão (Rhipicephalus sanguineus), carrapato estrela (Amblyomma cajennense) e o carrapato de boi (Rhipicephalus (Boophilus)microplus).
Com mais de 100 espécies, a família Argasidae é segunda mais numerosa. O nome carrapato mole se dá em razão dele não ter escudo quitinoso. Seu corpo é oval e seu aparelho bucal fica embaixo do corpo.
Seu ciclo de vida é um pouco mais complexo e compreende as seguintes etapas: ovo, larva, ninfa (envolve de duas a oito mudas) e adulta. Diferente do carrapato duro, seu desenvolvimento biológico é mais prolongado (pode levar anos até que seu ciclo concluído).
As fêmeas são bastante prolíferas e, ao contrário do carrapato duro, não morrem após a desova.
Muito resistentes à fome, sobrevivem anos sem se alimentar. Normalmente se alimentam durante à noite. Sua refeição dura pouco tempo (cerca de uma hora), mas é frequente. Alimentam-se do sangue de morcegos, pássaros, suínos e mais.
Escondem-se em fendas, tocas, acampamentos, cavernas, estábulos ou mesmo em residências. Esse tipo de carrapato é transmissor de diversas doenças.
Os grupos de maior importância veterinária são: Argas sp, Ornithodoros sp e Otobius sp.